sábado, 13 de setembro de 2008

Os Sistemas Operacionais serão irrelevantes?


Lendo o post do Fugita comecei a pensar em toda essa onda de "computação nas nuvens", até o Jornal da Globo já falou disso. Uma afirmação recorrente em vários lugares é de que o Sistema Operacional está se tornando cada vez menos importante e o foco passa a ser no Navegador.

Eu concordo com essa afirmação, mas deve haver cuidado nas generalizações. Computação nas nuvens já é fato, mas dizer que o uso de serviços através do navegador vai se generalizar pra todo tipo de programa e que ninguem mais vai usar aplicativos desktop é perigoso e provavelmente exagero.

Os profissionais vão deixar de usar o seu Photoshop/Corel/Dreamweaver/3D Studio Max no desktop? Existem vários softwares que são inerentemente pesados/complexos. Sendo assim, não faz sentido colocá-los dentro de um outro processo, no caso o navegador. Além do mais, javascript não é a linguagem ideal pra desenvolver esse tipo de aplicação. Silverlight e outras iniciativas estão aí para possivelmente resolver essa questão.

Outro problema é o costume dos usuários. Eu, por exemplo, não gosto de usar Instant Messengers no navegador como o Meebo ou o próprio Gtalk no Gmail. Projetos como o Prism do Mozilla Labs, podem ajudar nisso. O Prism faz com que aplicações Web sejam "instaladas" no sistema operacional de forma similar a outros programas. Desta forma você pode ter um ícone na área de trabalho para o Meebo, sendo aberto numa janela separada. Dando a impressão de ser um aplicativo desktop.

Ainda é muito cedo para dizer que o Sistema Operacional será irrelevante e tudo que importará será o navegador.
O Sistema Operacional ainda é a interface dos computadores com o usuário e vai continuar sendo por uns bons anos.

Um processo no Linux é consideravelmente diferente do Windows. Vírus vão continuar a existir, mesmo com o browser sendo o centro de tudo. As diferenças entre sistemas vão continuar a existir.

Ainda vai demorar um bom tempo para termos uma camada de abstração tão forte que poderemos sentar num computador sem distinguir e sem se importar com qual sistema operacional está por baixo.

10 comentários:

Anônimo disse...

Para usários com necessidades limitadas, um sistema operacional simplificado em hardware seria suficiente.

Anônimo disse...

Para usuários com necessidades limitadas, um sistema operacional simplificado em hardware seria suficiente.

Felipe Hummel disse...

Eu acho que limitar o hardware é complicado. Para dispositivos específicos (tipo o kindle da amazon) pode até funcionar, mas não faz sentindo limitar o hardware todo de um notebook/desktop a um navegador.

Até por que, esse "navegador" teria que fazer milhares de coisas que os SOs de hoje fazem. Teria que se comunicar direto com o hardware, de som, de rede, de video... Ou seja, complicaria o software sem necessidade.
Pra que imbutir isso tudo no navegador, se é só colocar ele em cima de um SO?

Sistema operacional, não é só a telinha que o usuário vê, é toda a camada de abstração entre hardware e softwares dos usuários (o navegador, por exemplo) e essa estrutura é dificil e talvez sem sentido mudar.

Abraço, obrigado pelo comentário!

ricolasanto disse...

Olá Felipe, como vai?

Eu pensei na seguinte situação:

De um lado temos o Google, estrela maior da internet, que provavelmente detém uma das maiores infraestruturas(servidores)para a implantação de cloud computing no mundo.
Do outro lado temos a Microsoft que vem cambaleando com seus programas(Windows e Office) que vc precisa comprar a licença e td mais.(muitos dizem que esse modelo esta defasado, apesar de ser uma empresa altamente lucrativa!!)
Complemente essa minha opinião!!!
Temos algum outro player importante que poderá entrar nessa disputa??
E o dispositivos móveis???Como que ficam nesse processo???
Abraços

Felipe Hummel disse...

Opa Ricardo! Tem alguns outros players secundários. A Mozilla também tá na briga, afinal o Firefox é uma grande potencia. Yahoo não pode ser ignorado. A própria Amazon tem o AWS que é forte, mas pode crescer.

Os dispositivos móveis são um cenário a parte. A navegação na web móvel, ainda é um campo a ser descoberto. O iPhone mostrou novas possibilidades. O que temos certeza é que os serviços na Web tendem a migrar para os dispositivos móveis. Mas será que eles terão versões exclusivas? Ou os navegadores móveis vão conseguir rodar qualquer tipo de página?
São muitas dúvidas ainda hehe

Abraço! Valeu pelo comentário.

ricolasanto disse...

E ai Felipe, olha eu aqui de novo!!!rsrsrs
Bom, dei uma bela lida nos posts anteriores do seu blog. Alguns comentarios me levaram para outros blogs e acabei lendo outros postsde outros blogueiros. Conclusão: Vou lhe enviar um e-mail sobre o tema "A internet 2.0 brasileira!!". Se vc achar que mereço uma resposta!!É só faze-lá, abraços!!

Felipe Hummel disse...

Opa Ricardo!
Fica a vontade hehe

Abraço!

Anônimo disse...

Não me imagino trabalhando sem Photoshop, não me imagino usando o Gtalk do Gmail e muito menos meebo.
Tenho sérios problemas com essas novidades e gosto de janelas! :~

Felipe Hummel disse...

hehehe
É carol, eu acho que gosto de Janelas e quero continuar assim. (por enquanto =p)

Paulo de Assis disse...

Cloud computing é realmente uma realidade e concordo que está muito cedo para falar em defasagem de sistemas operacionais.
A computação nas núvens deve ser considerada como um suporte a computação local, até porque os navegadores ainda não têm estrutura para suportar um terminal burro. Imaginemos uma situação futura naqual teremos somente uma máquina conectada a um ponto de rede por onde se dará o boot e todo o sistema rodaŕa pelo velho cabo azul ou pela wireless...
Com as operadoras de telefonia aqui do Brasil esse cenário só tratrá transtornos.
Ah! Não esqueçamos que os navegadores executam o aplicativos Java e Flash que são instalados local e rodam seus scripts no sistema do desktop.